
Bananas,
Coadjuvantes das classes humanas
Humilhados, trabalhando a preço de banana;
Aceitam a covardia, mais-valia, dos bacanas,
Que não passam de piolhos sugadores de poças
Maiores que as de lama:
Vidas e mais vidas vistas como grana
E só mais grana.
E esta estaticidade será o ópio da publicidade
Que nos faz pensar que estamos bem sem bens.
Indenizações por morte,
Homens mais baratos que máquinas,
Bebês que nascem na lona
Dormem no berço, esquina da sorte,
Esperando a mamadeira que a morte
Vem lhes dar.
Bem! A coisa é longa.
Tomara, então, que os bacanas
Escorreguem nas cascas das bananas
Para que no átimo da queda inesperada
Misturem-se ao sangue e a lama
Que carregam nos seus imensos
bananais-Bacana-bacanais.
Lucas Anderson
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