Os postes liberam luzes flácidas
Na rua em que vejo galáxias,
Nos mesmos passos, programada,
E o tempo não passa.
Em casas e caras, e becos.
Nos quartos, nas línguas, nos seixos.
Nas nuvens do céu do desejo
De deusas crescerem ao lado,
Pisando a história ao anverso
Aos sons que do som do universo
Sussurram ao áudio, átimos,
De pernas, e cheiros, e hálitos
Febris de ânsia e medo
Ao ver a porta alguém sentado.
(Lucas Anderson)
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