Do pai para filho
São anos-luz de criação.
O tempo passa por você,
Mesmo que ninguém perceba;
Aparentemente eu estou distante,
Perdido em algum cometa.
Criança de Deus, não tão minha,
Às vezes esqueço que sou um guia
E acabo me perdendo no caminho.
A senda correta hei de encontrar,
Das trevas da plenitude da imaginação
Sairei ileso só por ti.
Emana de ti a razão que eu busco,
Para contigo caminhar,
No caminho da tua nobreza,
Que não é de simples rei,
É de Rei dos reis,
Ao qual te entreguei
Desde que nasceste
À luz de um mundo tosco,
Cruel.
Teu companheiro, serei.
Não mais teu guia,
Pois começo a perceber
Que só quem guia é o Pastor,
Não esses de cabras,
Nem de gente fria,
Que pensa que é Deus todos os dias:
Criticando, maldizendo, condenando.
Livrar-te-ás dessas setas,
Caso não penses com a cabeça de poeta.
(Lucas Anderson)
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