sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Crônica

Meu velho maquinista


           Há tempos não sentia um sentimento tão forte e uma lembrança que parecia trazê-lo à presença. Foi cruzando os trilhos do trem, ao soar da buzina desse gigante que ele conduzia, que me explodi de emoção e lágrimas. Fundiu-se o próprio som da sua voz em minha lembrança com aquela buzina. Continuei a caminhar ao seu lado vendo vagão por vagão passar como se cada um fosse um dos anos que nos distanciam do nosso último encontro. E, aos poucos, fui vendo-o desaparecer por entre as curvas dos trilhos da vida e só me deixando a vontade de chamar: Pai! 


                                                                                                                                      Lucas Anderson
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