Naturalmente o ser humano vive sempre a se
questionar e a questionar a existência das coisas. Como e por que, disso ou
daquilo. Historicamente podemos relatar como surgimento das ciências, a
filosofia que tem como um de seus objetivos a indagação constante e a
investigação das coisas com o: Por quê? Sabe-se também que muitos filósofos
como Platão, Aristóteles, Sócrates, Nietzsche, Carl Marx e outros contribuíram
bastante com a estruturação dos modos de busca pelo conhecimento.
O
homem desde que nasce busca, através dos sentidos, perceber-se e ao mundo a sua
volta. À medida que ele vai conhecendo e interagindo com as coisas os seus
próprios sentidos vão se aperfeiçoando assim como também suas propriedades
subjetivas. O seu pensamento passa a fazer reflexões e a partir delas ele
desenvolve o raciocínio crítico que vai formando seu caráter. A respeito do
desenvolvimento do homem, diz Demo (2002, P.11):
“[...]
a criança é, por vocação, um pesquisador pertinaz, compulsivo. A escola, muitas
vezes, atrapalha esta volúpia infantil, privilegiando em excesso disciplina,
ordem, atenção [...]”. Desde os primeiros dias de vida, a criança é instigada
pelo ambiente que a cerca a descobrir e a descobrir-se. Durante toda a
infância, a curiosidade está presente, provocando a criança a aprender, a
entender, a descobrir e a inventar.”
A
escola obviamente tem um papel fundamental no desenvolvimento da sociedade e do
indivíduo. Nela, ele é iniciado nos principais conceitos das ciências e vai se
tornado uma espécie de guardador dessas ciências e cidadão capaz de exercer
seus direitos, muito embora, com os problemas existentes na sociedade atual,
muitas das vezes ele não seja capaz de realizar as práticas que são resultados
das teorias, por várias razões, seja de ordem política econômica, seja por
falta de vontade própria, pela falta de aplicabilidade, pela impossibilidade
social, ou até mesmo pela depreciação que se encontra a educação brasileira,
quiçá mundial. Mas temos que tomar cuidado, pois a escola também tem o seu lado
obscuro, onde se esconde o interesse capitalista burguês. Se aproximando dessa
ideia podemos refletir sobre o que diz Demo na transcrição acima.
No
âmbito escolar o papel da pesquisa é fundamental, pois é através dela que se
pode chegar a melhor resolução das situações problemas, bastante comum
acontecer na escola, seja em qualquer dos níveis de educação. Notoriamente
percebe-se que as pesquisas científicas são exclusivamente desenvolvidas nas
universidades, principalmente aquelas que têm tradição em pesquisa, Como
UNICAMP, USP, UFB, entre outras. As escolas de educação básica brasileiras não
têm como tradição a pesquisa, porque os professores, por tradição institucional
ou do próprio profissional não foram formados para fazer pesquisa, e quando
fala-se de pesquisa, entende-se aquela com toda exegese e não aquelas meramente exploratórias. Como diz, a pesquisa
escolar está montada nos moldes ensinar e aprender. Obviamente, não podemos
generalizar, existe sim pesquisa no âmbito da educação básica, no entanto de
proporções mínimas se comparada às universidades. Estas por sua vez perdem
significativamente para as empresas especializadas em fazer pesquisas,
inclusive se valem delas para realizar pesquisas em seu próprio meio como se
fossem incapazes de realizá-las legando a outrem o seu papel.
Atualmente um dos grandes desafios da educação é fazer com que todos os
professores tenham a noção de pesquisa e como ela é feita, para que ela não
fique sob a responsabilidade de outros profissionais fora do meio educacional.
Ela também não pode ser vista só como forma de se atingir o conhecimento, mas
também uma ação cidadã.
Lucas Anderson
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